“Peter Tosh costumava se apresentar de graça em muitos shows anti-apartheid, às vezes pagando do próprio bolso os músicos da banda e equipe que insistiam em ser pagos. Suas exigências não impediriam Tosh de dar sua energia e
talentos à causa da liberdade africana”.
- Herbie Miller, ex-gerente da Tosh, em sua biografia.
Peter Tosh é um dos maiores exemplos na música contra o sistema do Apartheid. Uma das maiores lendas do Reggae, membro do The Wailers (grupo de Bob Marley), Peter Tosh foi um grande defensor inabalável da igualdade social e racial, sendo conhecido também por recusar ofertas e rejeitar prêmios se eles não representassem igualdade e justiça e se eles não tivessem nada a ver com a melhoria da vida dos negros no mundo inteiro. Tosh chegou a recusar um disco de ouro na Holanda porque estava insatisfeito com as circunstâncias em que foi apresentado e com o que ele considerava o colonialismo holandês nas Antilhas. Também recusou-se a se apresentar em Israel, em apoio à causa palestina. No Brasil, Peter Tosh se apresentou em 1980 no 2º Festival Internacional de Jazz, no Anhembi, São Paulo, usando figurino de um palestino.
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Peter Tosh foi brutalmente assassinado em 1987, aos 42 anos. Três homens invadiram sua casa, exigiram dinheiro a Tosh e de seu amigo, o DJ Jeff "Free I" Dixon. Sem conseguir levar nada, os invasores dispararam diversos tiros contra os dois. Cinco pessoas que estavam na casa também ficaram feridas, uma delas era a mulher do músico. Um dos assassinos era Dennis "Leppo" Lobban - que tinha se tornado 'amigo' de Peter Tosh após o músico lhe ajudar a retomar sua vida após muitos anos na cadeia. Leppo foi preso pela polícia de Kingston, julgado e condenado à pena de morte (a sentença sofreu mudanças em 1995 e ele continuou mantido preso). Os outros dois assassinos nunca foram encontrados, o que aumenta mais a hipótese de que tenham sido assassinados - também a tiros.